Ao investir em alternativas do mercado financeiro é comum se deparar com diversos tipos de riscos. Mesmo os investimentos mais conservadores não são 100% seguros. Afinal, ainda há chances de perdas ou dificuldade de resgate, mesmo que pequenas.
Por isso, é importante entender esses riscos e saber como eles afetam cada tipo e modalidade de investimento. Dessa maneira, o investidor conseguirá avaliar melhor cada alternativa de acordo com seu perfil.
No conteúdo a seguir, você conhecerá os principais tipos de riscos na hora de investir e como reduzi-los ao compor sua carteira de investimentos. Acompanhe!
Quais os tipos de riscos que afetam os investimentos?
Os investimentos possuem diversos tipos de riscos. Eles estão expostos a situações em que o investidor pode se deparar com uma desvalorização de seu ativo ou título ou dificuldade para resgatá-lo, por exemplo.
Contudo, nem todos os riscos afetam os investimentos da mesma maneira. Por isso, é preciso entender cada um deles e quais são as alternativas em que eles se aplicam.
Confira a seguir os principais!
Risco de mercado
O risco de mercado diz respeito ao impacto que as oscilações da economia têm na rentabilidade dos investimentos, sejam eles de renda fixa ou renda variável. Esse é um dos principais riscos a que os investidores estão expostos — e afeta todos os títulos e ativos.
Ele costuma se dar por movimentações em taxa de juros ou no câmbio, assim como em crises gerais ou setoriais. Dessa maneira, pode ser considerado um risco sistemático ou não sistemático — a depender se afeta a economia de forma geral ou apenas algumas áreas.
É possível que um risco de mercado se manifeste em todo o mercado financeiro. Nesse sentido, questões como mudanças em políticas financeiras, graves crises orçamentárias nacionais e internacionais são exemplos.
Entretanto, o risco de mercado também pode se dar em menor escala, afetando apenas uma parcela de títulos ou ativos. Aqui se destacam as crises de determinados setores, áreas e segmentos a que os investimentos estão atrelados.
Risco de liquidez
A liquidez é uma característica essencial dos investimentos. Ela pode ser definida como a facilidade com que o ativo ou título pode ser transformado em dinheiro para o investidor. Imagine que você comprou R$ 10 mil em ações de determinada empresa.
Essas ações compõem o seu patrimônio, mas você não pode utilizar esse dinheiro para comprar algum produto rapidamente, por exemplo. Se quiser receber esses valores, precisa transformar os papéis em dinheiro, por meio da negociação e venda.
É justamente nesse aspecto que o risco de liquidez afeta seus aportes: e se você não conseguir vender esses papéis por não haver interessados? Aqui, é importante entender que determinados ativos e títulos sofrem mais exposição a esse risco.
Nos títulos do Tesouro Direto, por exemplo, há a chamada liquidez diária. Com ela, o investidor pode fazer o resgate dos valores investidos a qualquer momento. Isso acontece porque o Governo, emissor dos títulos, garante a recompra.
Consequentemente, esses títulos possuem baixíssimo risco de liquidez. Já em títulos sem liquidez, o resgate pode ser feito apenas no vencimento ou depender de encontrar interessados no mercado secundário. Na bolsa de valores também é preciso que haja outro investidor interessado na compra.
Desse modo, ativos com um alto volume de negociação diário têm menos risco de liquidez. Já aqueles que, historicamente, são menos negociados, têm um risco menor. Para avaliar essa característica, é preciso analisar cada alternativa.
Risco de crédito
O risco de crédito está presente nos títulos de renda fixa, pois o pagamento no resgate depende dos recursos do emissor. Popularmente, essa situação é conhecida como inadimplência ou calote. Para entender essa possibilidade, é preciso que você conheça o funcionamento dos títulos de renda fixa.
Esses produtos representam certificados de dívida. Então, na prática, o investidor empresta dinheiro ao emissor. Assim, no prazo combinado para o resgate, esse dinheiro será devolvido e acrescido de juros remuneratórios previamente acordados.
Para realizar esse pagamento, é preciso que o emissor tenha recursos, certo? É aqui que o risco de crédito se apresenta. Se a instituição, empresa ou Governo não tiver como pagar esses valores, o investidor levará um calote.
No entanto, o risco de crédito existe de maneira diferente nos diversos títulos. Aqueles oferecidos pelo Governo, por exemplo, possuem garantia do Tesouro Nacional. Ou seja, é o próprio Estado que paga o investidor, reduzindo as chances de inadimplência.
Outros títulos emitidos por bancos e financeiras podem ter a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa organização garante o pagamento de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição financeira em caso de inadimplência.
Também há um limite global de R$ 1 milhão que se aplica a todas as instituições em cada CPF e CNPJ, que é renovado a cada 4 anos. Já outros títulos de renda fixa podem não apresentar garantias, elevando o risco.
Como reduzir esses riscos?
Como você viu, todos os investimentos possuem riscos atrelados, ainda que eles sejam considerados baixos. Mas existem diversas maneiras de mitigar esses riscos na sua carteira. Você sabe como? A principal delas é focar na diversificação.
Se você acompanha dicas e conteúdos sobre o mundo dos investimentos, com certeza já ouviu falar nesse assunto. Afinal, diversificar é uma recomendação usual e muito utilizada entre todos os perfis de investidores.
A ideia é fazer aportes em diferentes títulos, ativos, mercados e setores, diluindo os riscos em que a carteira de investimentos está exposta. Dessa maneira, evita-se a exposição a somente um tipo de risco — o que poderia comprometer grande parte do capital.
Para diversificar, é preciso encontrar alternativas de investimentos descorrelacionadas. Isso significa que as oscilações e variações de preços entre elas não têm relação. Por isso, não basta apenas escolher ativos e títulos diferentes.
Nesse sentido, expor-se a investimentos alternativos, como o P2P, pode fazer sentido para reduzir o risco da sua carteira. Além de pulverizar os riscos, o investidor pode aproveitar a potencialização da rentabilidade.
Afinal, ao diversificar os riscos é possível aproveitar alternativas mais arrojadas e com maior potencial de ganhos, sem precisar colocar todo o portfólio em risco. No entanto, lembre-se de sempre considerar o seu perfil e os objetivos de cada aporte para tomar sua decisão.
Agora você já conhece os principais tipos de riscos atrelados aos investimentos! Vale lembrar que existem outros riscos específicos que se aplicam a determinadas alternativas. Então sempre pesquise cada opção antes do aporte para equilibrar a carteira.
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