Recorrer a um empréstimo para pessoa jurídica pode representar uma operação de maior ou menor dificuldade, conforme a situação patrimonial e financeira da empresa e o grau de exigência da instituição que fornecerá os recursos.

Um dos elementos que devem ser negociados nesse caso é a taxa de juros, principal fator que encarece esse tipo de transação. Outro elemento importante são as suas necessidades mais urgentes: investimento em materiais, quitação de dívidas, ampliação da empresa etc.

Para tirar todas as suas dúvidas sobre ao assunto, preparamos este texto completo sobre o empréstimo para pessoa jurídica. Veremos, por exemplo, qual é a importância desse empréstimo, como você deve negociá-lo para uma pessoa jurídica, como funciona o empréstimo on-line e outras questões relevantes. Confira!

As razões que levam o empréstimo a ser uma alternativa viável para a sua empresa

O empréstimo é uma importante ferramenta que você pode utilizar em sua empresa, e por várias razões. Ele pode ser feito para quitar dívidas importantes, comprar instrumentos mais modernos e tecnológicos ou mesmo como um investimento para a reforma e ampliação do seu negócio.

Seja qual for o seu motivo, é preciso analisar o empréstimo minuciosamente para saber se a opção é segura no momento. Do contrário, é possível que ele não tenha o efeito desejado ou até piore a situação.

Um ponto importante a ser levantado, nesse sentido, é a taxa de juros, que sempre difere de acordo com o tipo de empréstimo adotado.

Os tipos de empréstimos empresariais existentes

Para que você comece a entender as opções de empréstimo e consiga fazer uma boa decisão, é necessário, antes de tudo, conhecer algumas modalidades desses financiamentos. Elencamos, a seguir, as principais delas:

  • crédito para capital de giro — esse é o empréstimo que você realiza para aumentar o capital de giro da sua empresa, ou seja, os recursos utilizados para manter o funcionamento da empresa em dia;
  • crédito para investimento fixo — é requerido para a modernização do negócio e a ampliação do negócio, seja com a compra de novas máquinas, seja com a expansão física da empresa;
  • crédito para investimento misto — esse é requerido para aumentar o montante de recursos destinado a investimentos;
  • crédito para antecipação de receita — esse empréstimo é solicitado para a quitação de débitos. Como instrumento de barganha, a empresa requerente pode oferecer os valores ainda a receber, diminuindo os juros do empréstimo.

Além dessas modalidades principais, há também como solicitar o crédito para venda, para compra e para conta garantida.

O primeiro serve para antecipar o pagamento dos compradores, com a mediação da instituição financeira. O segundo, para o pagamento de fornecedores à vista, com intermédio do banco. Já o último está vinculado diretamente ao mundo empresarial, tendo como vantagem sua fácil aquisição e como ponto negativo sua alta taxa de juros.

As diferenças entre o empréstimo para pessoas físicas e pessoas jurídicas

O empréstimo pode ser requisitado para a pessoa jurídica, vinculado diretamente à empresa, o que exige a entrega de documentos como plano de negócios, contrato social, balanço patrimonial, entre outros. Existe também o empréstimo para pessoa física, que exige documentos como carteira de identidade, comprovante de residência etc.

Diante disso, estude a opção mais adequada para você e a sua realidade. Caso fique em dúvida, é possível ainda fazer um empréstimo mesclando as duas modalidades, em que a sua renda e o patrimônio da sua empresa entram no cálculo de forma conjunta.

Como negociar um empréstimo para pessoa jurídica

As instituições de crédito costumam ser rigorosas ao avaliar a concessão (ou não) de capital a uma empresa, sobretudo para as de pequeno porte. Isso porque é necessário obter um mínimo de informações que demonstrem a capacidade da companhia de cumprir com essa obrigação que pretende assumir.

Assim, para recorrer a uma transação dessa natureza, o primeiro passo é manter bem organizados os seus registros e os documentos contábeis e financeiros — como balanço patrimonial, balancetes analíticos, demonstrativos de lucros e perdas, fluxos de caixa e outros. Eles é que serão o seu cartão de visitas.

Além dessas exigências e burocracias que envolvem a operação, outro obstáculo são as elevadas taxas de juros praticadas no mercado financeiro. É preciso ter isso em mente e considerar bem as opções disponíveis no mercado, além de procurar uma boa negociação.

Ofereça garantias

Uma forma de negociar condições mais favoráveis é oferecer alguma garantia, como títulos de cobrança, duplicatas a receber de clientes, notas promissórias ou mesmo imóveis. Quanto maior for a barganha oferecida, mais seguro será o empréstimo, menor o risco para o banco ou financiadora e menor os juros do empréstimo.

Lembre-se de que juros nada mais são do que o preço a se pagar pela utilização de dinheiro de terceiros — e um dos elementos levados em consideração em seu cálculo é o risco da operação. Desse modo, a garantia reduz a incerteza, o que resulta em menores taxas.

Mantenha suas obrigações financeiras em dia

Outro aspecto importante a ser avaliado é o seu grau de inadimplência — isto é, até que ponto você paga as suas obrigações financeiras em dia, como fornecedores, tributos, contas diversas e afins.

O julgamento disso é simples: se a empresa não se mostra inadimplente, maiores são suas chances de efetuar o pagamento das parcelas em dia. Acredite: isso tem um efeito considerável no momento de negociar juros menores na transação.

Além de auxiliar você a conseguir um empréstimo com juros menores, essa medida tem ainda outros efeitos, como mais controle, organização e planejamento quanto à receita da sua empresa, ajudando a manter em dia a sua saúde financeira.

Considere pedir um empréstimo on-line

Procure conhecer as modalidades alternativas, como as plataformas on-line. Elas costumam oferecer melhores condições por terem menores custos administrativos e operacionais — fazendo a intermediação entre o investidor e aqueles que precisam de capital para investir.

Efetue uma boa pesquisa de mercado

Finalmente, é importante verificar as taxas praticadas pelas principais instituições bancárias, uma vez que podem surgir grandes diferenças entre elas. E fique atento: não se limite a constatar apenas a taxa de juros! Preste atenção também ao custo efetivo total (CET).

Esse é um percentual anual (por exemplo, 20% ao ano) que reúne todos os encargos que serão assumidos ao assinar o contrato. Assim, ele envolve os juros, os seguros, os tributos, as taxas administrativas e similares.

Enfim, conheça a fundo a instituição que você escolheu para requerer o empréstimo. É preciso pesquisar a empresa, no geral, e a sua reputação no mercado, verificando suas notas nas redes sociais, analisando os comentários acerca dos seus serviços prestados e filtrando os comentários mais interessantes e com mais informações.

Depois de tudo isso, percebeu como informação é fundamental no momento de contratar um empréstimo para pessoa jurídica? Tanto quem deseja o crédito como quem o fornece devem dispor de dados que garantam certa segurança no processo. Isso, inclusive, conta bastante ao negociar as menores taxas de juros possíveis!

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