Apesar de parecer algo simples, gerenciar cobranças pode causar muita dor de cabeça nos empreendedores. Os motivos para que clientes e fornecedores não honrem seus compromissos podem ser os mais variados – de tragédias a imprevistos financeiros, afinal atravessamos um momento de muita instabilidade econômica. 

Nesse sentido, a inadimplência dos consumidores pode desgastar uma relação de confiança tão necessária para o sucesso dos negócios. Felizmente, há alternativas inteligentes e práticas que sistematizam essa inevitável etapa para a organização e o planejamento das empresas. Hoje, nós vamos conhecer a régua de cobrança.

O que significa?

Imagina ter um documento onde estarão roteirizadas informações como nome, telefones para contato, valores e outros dados imprescindíveis para o controle da relação entre o seu negócio e o seu cliente. Agora, pense nesse mesmo documento de maneira sistemática, com informações de todos os seus clientes. Pois bem, você acabou de visualizar um esboço do que seria a régua de cobrança.

Para que ela não seja apenas um mero registro dos clientes associados ao seu negócio, nos dados obtidos em relação aos consumidores dos seus serviços precisarão constar maiores detalhes como o estágio do pagamento (valores, parcelas, formas – Pix, débito automático…), o perfil do cliente (faixa etária, assiduidade, crédito) e até mesmo o prazo de notificações para a cobrança (D+ 5, 10, 15… a depender do período pré-determinado para a suspensão de um serviço ou formalização e prosseguimento da dívida para outras instâncias).

As empresas só podem negativar clientes inadimplentes em órgãos como SPC e Serasa, por padrão, depois que a dívida ultrapassa o prazo de 30 dias em aberto.

Há ainda maneiras de fazer com que essa régua estabeleça medidas como o envio de lembretes antes do vencimento, notificações de pagamento não efetuado e envios de segunda via por SMS, WhatsApp, e-mail e/ou outros canais. Além de facilitar os recebimentos em dia, essa ferramenta profissionaliza a gestão de cobranças da sua empresa e a inadimplência pode ser combatida com método.

Como vimos, a régua de cobrança estabelece uma espécie de linha do tempo do ato da compra à efetivação total do pagamento. Por isso, essa ferramenta trabalha também com a progressão de ações mais diretas e contundentes a fim de solucionar o impasse das dívidas. E nesse documento precisarão estar observações sobre eventuais atrasos, a quantidade de dias, a incidência de juros e outros detalhes que permitirão que a empresa tenha total controle sobre o que tem direito a receber. 

Mas agora que você conhece a régua de cobrança, algumas dúvidas sobre como elaborá-la podem persistir. Vamos ver a seguir.

Como criar uma régua de cobrança?

Para fazer uma régua de cobrança, você dispõe de opções manuais para sistematizar por conta própria as mensagens, as notificações, documentos e contatos por meio de planilhas virtuais ou físicas. E, ainda, existem empresas que oferecem serviços de gestão on-line que podem automatizar esse roteiro.

Manualmente ou com o serviço automatizado, você pode definir datas de corte para que a cobrança seja mais intensamente feita, a depender da proximidade da data de vencimento e mesmo após. Por isso, sua empresa deve estar munida do maior número possível de contatos do seu cliente e estabelecer, por base dessa relação, formas de negociação mais amigável.

Ou seja, a régua de cobrança estabelece até mesmo se a abordagem vai ser mais branda ou agressiva, conforme o comportamento de grupos de clientes. Com consumidores que enfrentam maior dificuldade de honrar as dívidas, sua empresa pode ser mais assertiva com ligações mais assíduas e sanções.

Esteja atento também para a necessidade de “flexibilizar” a sua régua de cobrança. Formas de pagamento diferentes exigem regramento distinto para gerir o que se deve. Em casos de cobranças por boleto e cartões de crédito, procure por datas de vencimento próximas ao início do mês – quando clientes, geralmente, possuem maiores entradas em suas contas. 

Como funciona com o P2P?

Nessa modalidade, a plataforma conecta pessoas físicas interessadas em investir e empreendimentos que precisam de recursos para financiar projetos. Como em qualquer investimento, há vantagens e desvantagens. Com o P2P, a inadimplência desponta como o principal risco. 

Nesse sentido, mantém a seguinte régua de cobrança: 

  • Cobranças telefônicas;
  • Notificações extrajudiciais e judiciais;
  • Negativação nos birôs de proteção ao crédito (SERASA);
  • Execução judicial do contrato.

Diante do atraso de qualquer parcela, serão cobrados:

  • Juros e moratórios de 1% a.m. ou fração (pro rata temporis);
  • Multa de 2% sobre o total do débito não pago, incluídos encargos remuneratórios.

 

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Fonte: moneymoneyinvest