Toda empresa, para custear suas operações, precisa do chamado capital de giro, que nada mais é do que o valor necessário para um negócio funcionar diariamente. Sem essa quantia em caixa é muito difícil manter uma gestão financeira eficiente. Neste post, ensinaremos como calcular o capital de giro.

Nem sempre os prazos de recebimento das vendas de produtos ou serviços casam com os pagamentos das despesas fixas e variáveis de uma empresa. Um restaurante, por exemplo, precisa comprar matérias-primas, como frutas, verduras e demais alimentos para preparar as refeições de seus clientes.

Ainda, quando o consumidor paga a conta no estabelecimento, não necessariamente ele pagará em dinheiro, considerando que vivemos na era do “dinheiro de plástico”, ou seja, dos cartões de crédito e débito. Se cartões são usados, a empresa não recebe essa quantia imediatamente. Existe um prazo médio, de cerca de 30 dias, para os recebimentos caírem na conta da pessoa jurídica.

Além do mais, o dono do restaurante tem fornecedores para pagar e precisa arcar com custos fixos (aluguel, luz, água, entre outros). Nem sempre as contas fecham e aí está a função do capital de giro. Esse dinheiro é justamente a diferença entre a quantia disponível no caixa e o valor que deve ser pago a terceiros.

Qual a importância de calcular o capital de giro?

Saber o valor necessário para o capital de giro e controlar da forma como ele está sendo gasto é fundamental para não acabar na lista de inadimplentes dos seus fornecedores, pois essa é a verba que manterá suas contas em dia, cobrindo a diferença entre a data da venda do seu produto ou serviço e o prazo para recebimento do pagamento dos seus clientes.

O cálculo do capital de giro está diretamente ligado ao controle do fluxo de caixa. Para calcular a quantia necessária para um negócio, todas as contas a receber precisam estar devidamente mapeadas, divididas mensalmente, com valores corretos e também considerando o número de parcelas que esses recebimentos serão realizados.

Liste também, mês a mês, o valor médio que seu negócio tem em estoque. Como muitas empresas operam com sazonalidade, essa etapa do cálculo é muito importante, pois o valor pode variar bastante entre meses de alta e baixa temporada para setores nos quais o mercado de turismo tem influência, por exemplo.

Depois, organize todas as despesas da mesma forma que os recebimentos foram feitos (mês a mês e considerando parcelamentos). Nesta etapa entram aluguel, luz, água, gastos com folha de pagamento, verbas de marketing, empréstimos etc.

Some tudo que você tem a pagar e subtraia os valores que tem a receber. O resultado dessa conta será a quantia de capital de giro que seu negócio precisa para manter as portas abertas e com saúde financeira.

Como manter o capital de giro sob controle?

Agora você já sabe como calcular o valor que precisa para operar seu negócio, mas a lição sobre capital de giro não termina aqui. É preciso gerenciar esse dinheiro corretamente, para que ele seja utilizado de forma consciente e eficiente.

Crie e supervisione os processos de cobrança do seu negócio, pois a inadimplência dos seus clientes tem impacto direto sobre o seu capital de giro. Não receber pagamentos esperados na data prevista significa menos dinheiro em caixa, consequentemente, maior quantia será necessária para a empresa operar.

Por isso, conheça a fundo o fluxo de caixa e o ciclo financeiro do seu negócio. Saiba exatamente qual é o prazo entre os valores que precisam ser pagos aos fornecedores e os que serão recebidos dos clientes. Além disso, não deixe de calcular o capital de giro e rever seus custos fixos e variáveis sempre, pois comumente há espaço para redução de despesas.

Aprendeu o cálculo? Agora, que tal descobrir como conseguir esses recursos? Se estiver pensando em buscar linhas de crédito, leia o artigo: EMPRÉSTIMO BANCÁRIO: DESCUBRA SE VALE A PENA!