Saber como se proteger da inflação é de suma importância para a rotina financeira. Afinal, as medidas de proteção ajudam a evitar que o seu dinheiro perca poder de compra com o passar do tempo. Isso porque a inflação afeta o valor da moeda ao longo do tempo.
Apesar da relevância do assunto, nem todos entendem o conceito de inflação e como ela pode impactar o nosso dia a dia. Portanto, é válido saber mais sobre o fenômeno para ver que estratégias podem atenuar seus impactos negativos nos seus recursos.
Neste post, você descobrirá quais são os efeitos da inflação e como se proteger dela por meio de investimentos financeiros. Confira!
O que é inflação na economia e como ela ocorre?
A inflação consiste no aumento generalizado dos preços. Com isso, produtos, mercadorias e serviços que fazem parte da nossa rotina ficam mais caros. Existem diversos motivos para esse cenário, mas o principal deles envolve a questão da oferta e da demanda.
Para entender melhor, considere um exemplo. Um dos principais combustíveis utilizados no mundo é a gasolina, que vem do petróleo. Boa parte do petróleo mundial vem da Rússia — país que se envolveu em um conflito com a Ucrânia em 2022.
Por conta dessa situação, muitos países decidiram não utilizar mais o petróleo russo. Como consequência, o preço da commodity começou a subir devido à oferta menor do combustível no mercado.
Se o preço do barril sobe, todos os seus derivados — como óleo diesel, o gás liquefeito, lubrificantes e gasolina — também ficam mais caros. Com a gasolina mais cara, o setor de transporte também é afetado, já que é necessário gastar mais dinheiro para abastecer os veículos.
Assim, o leite que é levado de uma fazenda até os supermercados pode encarecer, por exemplo. Isso porque o aumento no custo do transporte é repassado ao consumidor na precificação do produto. Dessa forma, o desequilíbrio entre oferta e demanda pode aumentar a inflação.
Como a inflação é medida?
A inflação pode ser medida e acompanhada de diversas formas. No Brasil, apesar de existirem diversos índices para isso, o oficial é o IPCA — Índice Nacional dos Preços ao Consumidor Amplo. Ele é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse indicador monitora os preços de uma cesta de produtos para medir a inflação do país. Contudo, apesar de a inflação ter uma medida geral em um índice financeiro, ela pode ter efeitos diferentes para cada pessoa e família.
A diferença existe tendo em vista que os impactos da inflação dependem dos produtos que têm maior peso no consumo de cada família. Por exemplo, o leite estar em alta pode não fazer tanta diferença na casa de brasileiros que não consomem o produto e seus derivados, enquanto prejudica o orçamento de outras pessoas.
Quais os efeitos da inflação no seu dia a dia?
Até aqui, você aprendeu o que é a inflação e como ela é medida no Brasil. Agora é o momento de entender os impactos que ela tem na sua vida. Nesse caso, os efeitos podem se dividir em diferentes cenários.
Confira!
Efeitos no dia a dia familiar
O principal efeito da inflação elevada no seu dia a dia é a perda do poder de compra. Como você viu, os preços ficam mais elevados, enquanto dificilmente a remuneração recebida cresce na mesma proporção.
Logo, o que você comprava no mercado há seis meses, por exemplo, já não pode ser adquirido com o mesmo valor hoje.
Como consequência, a inflação pode deixar seu orçamento mais apertado e até aumentar os riscos de endividamento. Além disso, pode ser preciso mudar escolhas para driblar o aumento dos preços — como ao comprar artigos mais baratos, mudar as marcas de preferência ou gastar menos com lazer.
Efeitos na economia
A inflação também tem efeitos na economia de modo geral. Afinal, o aumento dos preços pode reduzir o consumo. Diante desse cenário, as empresas podem lucrar menos e enfrentar crises — o que, muitas vezes, acarreta o aumento do desemprego e da falência de negócios.
Portanto, a inflação pode causar retração econômica e crises difíceis de serem superadas. Nesse contexto, o Governo costuma ter como objetivo manter os preços em equilíbrio.
Para controlar a inflação e evitar que ela chegue a níveis muito elevados, um dos mecanismos utilizados é a taxa Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Assim, o Banco Central pode aumentar ou diminuir a Selic de acordo com a inflação.
Normalmente, a taxa mais alta é um sinal de que a instituição está tentando reduzir a inflação. A lógica é a seguinte: quanto mais alta a taxa Selic está, mais caro fica obter crédito.
Então as empresas e pessoas podem pedir menos empréstimo, reduzindo a circulação de dinheiro na economia. Quando isso acontece, a tendência é que a demanda diminua, afetando a lei de oferta e procura. Como resultado, a inflação pode cair.
Efeitos nos investimentos
Além de afetar o seu dia a dia e a economia, a inflação também gera efeitos nos investimentos. Um dos principais impactos é reduzir os seus ganhos. O motivo é que a rentabilidade real do investimento depende da taxa de inflação.
Se você tem uma aplicação que rende 10% ao ano, mas a inflação foi 11%, por exemplo, o seu dinheiro perdeu poder de compra. Ou seja, não houve rentabilidade real, já que o montante passou a valer menos com o tempo.
Outro efeito da inflação nos investimentos se dá pelo aumento da taxa Selic. Quando isso acontece, os títulos de renda fixa tendem a entregar rentabilidades mais atrativas. Assim, investidores que tenham interesse neles podem encontrar oportunidades mais rentáveis e com menos riscos.
Por outro lado, investimentos da renda variável (como ações e fundos imobiliários) tendem a ficar mais voláteis se a inflação está em alta e o país se aproxima de uma crise. Nesse cenário, é comum haver desvalorização nos preços e saída de investidores.
Como se proteger da inflação?
Agora que você já sabe o que é inflação e quais são os seus principais efeitos, é importante entender como se proteger. O principal caminho é montar uma boa carteira de investimentos para buscar uma rentabilidade que supere os avanços inflacionários.
Uma possibilidade para se proteger mais diretamente da inflação é investir em títulos híbridos. Eles rendem de acordo com o IPCA e ainda garantem uma taxa fixa, fazendo com que o retorno real seja positivo.
Além disso, é interessante que o seu portfólio seja diversificado e respeite o seu perfil de investidor, além de considerar os seus objetivos financeiros. Desse modo, é possível ter uma estratégia de investimentos mais adequada às suas necessidades.
Neste conteúdo, você viu como o avanço nos preços pode gerar diversos efeitos na economia e na sua vida. Diante dos possíveis impactos negativos, vale a pena entender como se proteger de uma inflação elevada e de que forma os investimentos podem ajudar!
Quer entender mais sobre investimentos? Confira o que é preciso saber antes de investir em renda fixa!
Ficou interessado em saber mais sobre, entre em contato com a Tutu Digital e tire suas dúvidas!
Fonte: andrebona