A Tabela Price é um sistema usado para a amortização de juros e é empregada em financiamentos. Ela tem características diferentes da Tabela SAC e pode ser oferecida pelos bancos e instituições financeiras, podendo ser mais ou menos vantajosa, de acordo com cada caso.
Neste artigo, vamos falar sobre o tema e apontar as principais características desse importante componente, que tanto influencia quem opta pelo financiamento como forma de adquirir bens de maior valor. Continue a leitura e confira!
O que é Tabela Price?
Também conhecida como SAF (Sistema de Amortização Francês), a Tabela Price foi criada em 1771 por Richard Price. Inicialmente, era uma solução voltada para calcular aposentadorias e pensões, porém, com os anos, passou a ser usada pelos sistemas de amortização de financiamentos em todo o mundo.
Como funciona?
O financiamento é basicamente composto por dois componentes: amortizador e saldo devedor. O saldo devedor corresponde ao valor que o banco empresta ao cliente para a compra do bem, enquanto a amortização é a diminuição que acontece gradativamente conforme o valor vai sendo pago.
Pela Tabela Price, o valor das parcelas pagas mensalmente é fixo do início ao fim do contrato. A principal vantagem desse sistema é que ele permite melhor adaptação da mensalidade ao seu orçamento, principalmente em relação à Tabela SAC, em que os juros são cobrados de maneira decrescente — ou seja, as primeiras parcelas são mais altas, se comparadas às últimas.
A desvantagem, no entanto, é que, como as primeiras parcelas são usadas para o pagamento de juros praticamente, o saldo devedor acaba não diminuindo significativamente.
Isso também é ruim caso o consumidor deseje mudar de banco ou esteja insatisfeito, uma vez que, como mencionado, as parcelas liquidadas, até então, podem ter sido referentes ao pagamento dos juros — fazendo com que a dívida restante seja correspondente ao saldo devedor.
Price ou SAC: qual a melhor tabela?
Não existe uma resposta 100% correta para essa pergunta, já que isso vai depender muito das condições e necessidades de cada caso. Como os bancos limitam o valor financiado a, no máximo, 30% da renda do cliente, a Tabela Price pode ser a única opção para quem ganha menos e não pode pagar um valor mais alto inicialmente.
Já quem tem um salário mais alto pode ver mais benefícios optando pela Tabela SAC, já que, apesar de o valor das parcelas diminuir com o tempo, no início do contrato, elas podem ser 25% mais caras. Porém, no final do contrato, a economia com juros pode chegar a 10% do valor, em comparação à Tabela Price.
Para exemplificar, vamos pensar em um empréstimo de R$ 100.000,00, dividido em 240 meses e com taxas de 9,6% a.a mais TR.
Pela Tabela Price, o valor total pago será de R$ 232.017,60, cobrado em prestações fixas mensais de R$ 966,00. Já pela Tabela SAC, o valor inicial da parcela será de R$ 1.167,60 — o que corresponde a 17% sobre a quantia da Price —, porém, a última cai para R$ 539,37, alcançando o valor total de R$ 215.232,73, ou seja, uma economia de 7,8%.
Na verdade, tudo vai depender da análise de crédito do banco, que avaliará sua renda e definirá, com base nela, qual a melhor opção para cada caso.
Neste artigo, falamos sobre a Tabela Price, assim como seus principais pontos relevantes e a influência no cotidiano e no saldo devedor de quem opta por um financiamento. Conhecer bem o tema é importante na hora de decidir qual o melhor sistema a ser adotado, a fim de obter as melhores condições de pagamento.
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