Existem diferentes razões que podem levar uma empresa a solicitar crédito. Entre elas, está a falta de dinheiro para investir na ampliação do negócio ou para quitar um compromisso financeiro. No entanto, conseguir um empréstimo no mercado pode ser uma tarefa desafiadora.
Isso porque os juros praticados no Brasil são altos e os processos são muito burocráticos. Diante desse cenário, surgiram novas modalidades — como o crédito com garantia real. Mas, ainda que ele possa ser uma boa alternativa, é preciso avaliar os riscos relacionados.
Então, veja a seguir o que é crédito com garantia real e quais os riscos dessa modalidade para saber se essa alternativa é viável para o seu negócio!
O que é crédito com garantia real?
O crédito com garantia real é uma modalidade de empréstimo que consiste na oferta de algum bem em troca da liberação de uma linha de crédito. Isso porque o banco ou a financeira busca uma maneira de garantir que o devedor honrará com o seu compromisso.
Existem duas formas de empréstimo com garantia:
- garantia real: um bem do credor é utilizado como garantia, seja ele móvel ou imóvel;
- garantia fidejussória: todo o patrimônio de um terceiro é dado como garantia para assegurar o cumprimento da obrigação.
Como você pode observar, a principal diferença é que a garantia real apoia-se no bem do credor, enquanto a garantia fidejussória apoia-se nas pessoas. Por isso, a primeira é geralmente utilizada como empréstimo para empresas.
Quais são os tipos de garantia real?
Existem três tipos de garantia real. O primeiro é o penhor. Nele, há a entrega de um imóvel como garantia para assegurar o cumprimento de uma obrigação. Enquanto o devedor não quitar totalmente o empréstimo, o bem ficará na posse do credor.
Já na anticrese, o devedor autoriza ao credor a posse de um imóvel para desfrutar dos seus rendimentos. Eles servirão para o pagamento dos juros e do capital do empréstimo realizado. Após a quitação, a posse volta a ser do devedor.
Por fim, há a hipoteca, na qual o devedor também oferece como garantia um imóvel para conseguir o crédito. No entanto, não transfere sua posse. Caso tente negociá-lo enquanto está hipotecado, o crédito hipotecário expira. Com isso, o devedor deverá quitar o crédito à vista.
Como funciona o crédito com garantia real?
Agora você já sabe o que é crédito com garantia real e quais são os seus tipos. Mas como ele funciona? O processo é mais simples e menos burocrático do que outras modalidades de crédito tradicionais no mercado.
Seu funcionamento consiste nestas etapas:
- Simulação do financiamento;
- Aprovação do crédito;
- Avaliação do bem dado como garantia;
- Análise jurídica;
- Assinatura do contrato;
- Reconhecimento do contrato em cartório.
Quando todo o crédito for quitado, o bem é transferido de volta para o devedor, se for o caso. Mas se houver inadimplência e já tiverem se esgotado todas as alternativas de negociação, o credor entra com um pedido de execução da dívida junto à justiça.
Quais as diferenças para os outros tipos de crédito?
Ao contrário dos modelos tradicionais de empréstimo, o crédito com garantia real tem taxas de juros mais baixas. Afinal, um bem é utilizado como garantia de pagamento. Assim, as chances de inadimplência são menores.
Isso permite que as instituições financeiras cobrem menos juros. Outra diferença é o processo, que costuma ser menos burocrático.
Dessa forma, as chances de adquirir o crédito aumentam consideravelmente. O benefício também é liberado mais rapidamente. O empréstimo pode ser solicitado para qualquer finalidade, como investir na expansão do seu negócio, quitar um compromisso financeiro ou garantir capital de giro.
Quais são os riscos relacionados a essa modalidade de crédito?
Apesar das vantagens do crédito com garantia real em relação a outras modalidades disponíveis no mercado, há riscos que também precisam ser levados em consideração. Um deles é a possibilidade de não ter o valor suficiente para atender às suas necessidades financeiras.
Como o crédito exige a avaliação do bem, a quantia concedida é limitada. Geralmente, o valor não pode ultrapassar cerca de 60% da garantia. Outro risco é que você não pode negociar o item enquanto não quitar todo do empréstimo.
Ademais, você pode perder o bem dado como garantia, caso fique inadimplente e não consiga quitar o empréstimo. Antes de ele ser tomado, a instituição financeira tentará renegociar a dívida. Contudo, em situações limite, é possível perder a posse.
Como você viu, os riscos são consideráveis na modalidade de crédito com garantia. Por isso, é interessante tomar alguns cuidados para se proteger. Por exemplo, não comprometendo boa parte do faturamento da empresa com dívidas e não fazendo empréstimos muito longos.
Existem alternativas mais viáveis que não exigem uma garantia?
Se você não quer se expor aos riscos do crédito com garantia real, existem alternativas para empresas com taxas de juros mais competitivas e que não exigem uma garantia. É o caso do empréstimo peer to peer.
Nessa modalidade, um investidor concede um empréstimo para uma empresa que precise desse recurso. No P2P, a burocracia é baixa, pois não envolve instituições financeiras tradicionais. Isso permite a oferta de contratos mais flexíveis e com taxas de juros mais atrativas.
Nele, existem duas partes envolvidas: o investidor e o tomador de crédito. Enquanto o investidor busca rentabilizar o seu dinheiro, o tomador procura alternativas de crédito para o seu negócio, sem a intermediação de bancos.
O processo acontece por intermédio de uma plataforma especializada e segura. Cada plataforma define seus critérios de seleção de quais empresas podem solicitar o empréstimo sem garantia. E cada investidor decide para quem emprestar o seu dinheiro.
Agora você sabe o que é crédito com garantia real e quais os riscos envolvidos com essa modalidade de empréstimo. Foi possível, ainda, conhecer também a alternativa P2P. Assim, você será capaz de avaliar as opções disponíveis no mercado e escolher a melhor para seu negócio.
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